sábado, 13 de fevereiro de 2010

Laralá


Macerar

mar será

Se macerar

bem será

vencerá

Laralá

Riso Maria Dersu
Jorge Dersu

São Paulo
Sampa - Sampã

Largo Paissandu - Centro
Rua Aberlado Pinto 69 a 99
Piolin 1887 - 1973

"Meu sonho era ser engenheiro.
Queria construir pontes, estradas,
Castelos
Construí apenas castelos de sonhos
Para muita gente.
Sou, de qualquer maneira, um engenheiro!
E, estou feliz com isso!"

Piolin

Galeria Olido & Pindorama Circus contam história do circo: “Largo do Paissandu, onde o circo se encontra”
Enviado por: moderador em 31/7/2008 18:11:09
Categoria: Diversos


Durante a década de 1920, o também chamado “Largo do Circo” era o picadeiro de onde o palhaço Piolin fazia piadas sobre a rotina na cidade e revelava aos espectadores menos favorecidos a opressão a que estavam submetidos. Em 1975, a antiga travessia do Paissandu foi transformada em Rua Abelardo Pinto, em homenagem ao maior palhaço brasileiro, em cujo aniversário, 27 de março, comemora-se atualmente o Dia Nacional do Circo. A mostra vem para esquentar os ânimos dos entusiastas do circo, enquanto esperaram o Centro de Memória do Circo, a ser inaugurado em breve na mesma galeria.

Composta por uma média de 120 imagens, entre peças gráficas e fotografias, a exposição está dividida em diversos núcleos, abrangendo Piolin, considerado pelos modernistas a maior ator cômico do país; o faquir Silki, os bastidores do circo e até mesmo as primeiras trupes de famílias japonesas a aportar por aqui. As fotos de Djalma Batista, Luis Alfredo, Max Rosenfeld e Peter Scheier e outros fotógrafos desconhecidos, foram reunidas pela ex-equilibrista Verônica Tamaoki, curadora da exposição. Saiba mais sobre a pesquisa: Pindorama Circus. Além das imagens, a exposição traz ainda uma maquete de circo feita pelo próprio Mestre Maranhão. Também acontecem todos os dias exibições do vídeo Largo do Paissandu: onde o circo se encontra, com direção do ator Marcelo Drummond, cada dia apresenta depoimentos de artistas e pesquisadores do circo (programação abaixo).

Memória do Riso

A trajetória do circo no Largo do Paissandu remonta às últimas décadas do século XIX, com os chamados “circos de cavalinho”, que tinham esses animais como atração principal. O século XX, por sua vez, ficou marcado pelo “café dos artistas”, encontro dos artistas circenses às segundas-feiras, folga de classe, em um café que até então funcionara no antigo Largo do Rosário, atual praça Antônio Prado, e que passou a ser realizado ao lado da Galeria Olido. As temporadas dos Circos Irmãos Queirolo e Alcebíades, nas quais reinou o palhaço Piolin, marcaram o auge do circo no Paissandu, na década de 20. Em seguida veio a crise, quando as lonas passaram a disputar com a construção civil os terrenos do centro da cidade.


Quando, em 1986, Verônica Tamaoki começou a investigar as trilhas percorridas pelo circo nacional, seus motivos eram estritamente pessoais. De jornalista que acabou adotando a carreira de saltimbanco, ela passou a dona de escola de circo – a Picolino, que até hoje funciona em Salvador – e então a pesquisadora e escritora de livros sobre o tema. Em 2000 ela publicou o romance “O Fantasma do Circo” e em 2004 saiu o aclamado “Circo Nerino”, que teve como co-autor Roger Avanzi, o palhaço Picolino, filho do fundador daquele que foi, ao lado do Garcia, o maior circo do Brasil. O sucesso deste último rendeu a ambos uma indicação ao Prêmio Jabuti na categoria de reportagem-biografia em 2005. Foram nove anos de pesquisa durante os quais Verônica contou com a ajuda de muitas gerações circenses. “Recebi o acervo do Circo Garcia para fazer o mesmo, foi aí que surgiu a documentação para o Centro da Memória do Circo”, conta Verônica.


Centro de Memória do Circo

Revistas, microfilmes, cartas, livros e fantasias são algumas das relíquias que poderão ser encontradas no Centro de Memória do Circo, na Galeria Olido. A aquisição dos três maiores acervos da mostra – Circo Garcia, Nerino e acervo pessoal da Verônica – está em andamento e prevê o investimento de cerca de R$ 100 mil pela Prefeitura. Também integrará a exposição permanente o patrimônio levantado no Paissandu pela pesquisadora, além de doações de famílias circenses.

Exposição: Largo do Paissandu, onde o circo se encontra.

Até 03 de agosto - Entrada Franca

Local: Galeria Olido (Mezanino) - Avenida São João, 473 – Centro - Tel.: 33318399 / 3334 0001.

(Metrô República / Metrô São Bento)

Segunda-feira das 12h às 19h; Terça-feira a Sábado das 12h às 21h30; Domingo das 12h às 19h30

Realização: Prefeitura do Município de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura, Departamento de Expansão Cultural & Pindorama Circus.

Apoio: Centro Cultural São Paulo, GAPP Design, Folhapress, MIS - Museu da Imagem e do Som, Arquivo histórico Judaico Brasileiro e O Autor na Praça.

Vídeo Documentário – Memória Oral do Circo

Largo do Paissandu, onde o circo se encontra

Autoria de Gabriel Fernandes, Marcelo Drummond, Otávio Ortega e Verônica Tamaoki

Galeria Olido – sobreloja

01 a 27.07.2008

3ª feira – 19h00

Roger Avanzi – palhaço Picolino

Antonio de Souza Neto - Toninho da Galeria do Rock

4ª feira – 19h00

Ermínia Silva - Historiadora

Maria de Lourdes dos Reis – Lana, ex lutadora e empresária circense


5ª feira – 19h00

José Wilsom Moura Leite – fundador Escola Picadeiro

Mário Fernando Bolognesi - historiador

6ª feira – 19h00

Hugo Possolo – Parlapatões, Patifes e Paspalhões

Eduardo Bravo – palhaço Cigarrito


Sábado – 19h00

Ayelson Garcia – neto de Piolin

José Araújo de Oliveira - Maranhão

Eugenio Ledesma Ortiga – Yorga


Domingo – 19h00

José Américo – o Joy, ex-paradista e acrobata

Franco Alves Monteiro – palhaço Xuxu

2ª feira – 15h00

Depoimentos diversos – ao gosto do público

Texto de Abertura da Exposição:

"A exposição, que temos a honra de apresentar, convida o respeitável público a espiar pela cortina a história do circo no Largo do Paissandu. Desde as últimas décadas do século XIX, com as temporadas aqui realizadas pelos então chamados “circos de cavalinhos”, passando pelo reinado do palhaço Piolin nos anos 20, e chegando aos dias de hoje quando os circenses, em número reduzido (comparado aos tempos de outrora) continuam a se encontrar no “Café dos Artistas” mantendo viva uma tradição de mais de um século. Primeira de uma série de ações que vem afirmar o Largo do Paissandu como terreno sagrado do circo, esta exposição, ao revelar o rico patrimônio cultural aqui constituído pelos artistas circenses, enfatiza a boa nova que anuncia: a implantação do Centro da Memória do Circo na Galeria Olido, situada no Paissandu. A inestimável colaboração do circo na formação cultural do povo brasileiro seria suficiente para justificar a criação de uma instituição voltada para a preservação e disseminação da sua memória e história. Mas só agora, no ano de 2008, o que era sonho começa a se tornar realidade, graças à própria classe circense, que se organiza para preservar sua memória e história, e à Secretaria Municipal de Cultura – na gestão de Carlos Augusto Calil que vem realizando diversas ações voltadas para o desenvolvimento das artes circenses na cidade de São Paulo. Feita a apresentação e anunciada a boa nova, peço licença aos meus colegas de equipe, para dedicar este trabalho a todos aqueles que tomaram para si a responsabilidade de zelar pela memória e história do circo brasileiro. A todos os memorialistas circenses, especialmente Roger Avanzi, do Circo Nerino e Andréa Françoise Carola Boets do Circo Garcia. E a todos os pesquisadores circenses, e, especialmente Alice Viveiros de Castro, Ermínia Silva e Mário Bolognezi. Por fim, peço a benção do primeiro pesquisador do circo no Brasil, o saudoso Júlio Amaral de Oliveira, carinhosamente conhecido entre os circenses como seu Julinho Boas Maneiras". Vamos! (Verônica Tamaoki - curadora)

UNIDOS SEREMOS FORTES - Muito da história das associações da classe circense em São Paulo passou pelo Largo do Paissandu. No antigo nº 8, local em que estiveram os Circos Queirolo e Alcebíades, na década de 1920, a Federação Circense foi gerada e administrada. Nesse mesmo lugar, em 1934, no Circo do Danilo, foi fundado o Sindicato dos Artistas de São Paulo. Dando a volta no largo, vamos chegar ao nº 51, prédio onde esteve a sede da Associação Brasileira de Proprietários de Circo e Empresários de Diversões que, em 1977, se reestruturou na ABED (Associação Brasileira de Empresários de Circo), e passou a funcionar no prédio que se encontra na esquina da São João com a Dom José de Barros, em frente à Galeria Olido. E não se pode omitir o restaurante Ponto Chic que, em 1961, cedeu uma sala para a Federação Circense que estava então sendo reestruturada. Em 2004, a ABED se transformou na ABRACIRCO (Associação Brasileira de Circo), e hoje funciona na Rua 24 de maio.

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