domingo, 4 de abril de 2010

ARTE CIRCENSE


Saudade da cor preta do esmalte
do peito sangrando segredos
Saudade da cruz sedada de prata
cristal preso na ponta da vaca

Saudade é só uma cor que rola
nos olhos de um caminhar lento
no silêncio das novas janelas de vidro
que pouco abro aos ventos do quarto
Saudade de nunca perder a hora de lembrar você
de me virar nos teus braços e sem fuga me encantar

Saudade de quando tiras o meu ar e me
alivia do calor no sopro do som
assim com a mão, com o pé, sem chão
Saudade da espinha dos ossos da coluna nua
das imagens da arte circense
que benze, me benze, me benze.



Riso Maria Dersu

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